domingo, 26 de agosto de 2012

Leve

Dois homens, dois amores, passado e presente se cruzam.

Ela olhou pra sua pele clara na praia, lembrou do apelido branca. Minha branca. Suspirou fundo navegando nas velhas lembranças. Agradeceu pelo que perdurou. Embora houvesse sentido tanta dor, foi grata pelo infortúnio que deixou de existir, que lhe foi tirado do caminho.
O vento lhe roçou o rosto e ela o permitiu extrair o passado dos pensamentos ... se sentiu livre.

Gosto bom de felicidade no espirito
A alma sentiu falta da calma.
Se engrandeceu novamente.
Anseia por mais dias assim.
Se agarra na fé.

É bom ver o sorriso de volta no rosto dela, mesmo sendo claro o medo de voltar a se entregar a angustiante falta que ele faz, porque ela diz ainda pensar no seu rosto descansando sobre o peito dele quando envolvia seus braços no corpo magro naquele abraço que se cabia.

Assopra um dente-de-leão e faz, não um, mais vários pedidos e deixa a brisa decidir se fará eles alcançarem até Deus.

O vento vai dizer lento o que virá ... SEMPRE.


Etiene Ferreira.

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