terça-feira, 23 de setembro de 2014

Vazia

Ninguém sabe que quase  todas as noites ela chora antes de dormir.
Talvez por desespero,  por ter se perdido por aí.
Farta da vida,  ela sente o peso de tudo que não viveu,  para tudo que se doou em vão,  do tempo que perdeu.
Quer olhar pra frente,  mas só consegue,  infeliz, olhar para trás.
Estagnada,  se pune.
Todos os dias.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sobre cicatrizes

É muito mais fácil esquecer alguém que dilacerou seu coração de forma tão imprudente. Alguém que se descobre com o tempo o quanto podre é fétida é a alma. 
Difícil é esquecer alguém que magoou seu coração sem querer, alguém que você sabe que possue a alma mais doce e pura.
Esses amores são os mais bonitos, os que mais querem ficar. São os piores para se esquecer. São os que custam a hibernar. Insistem em reaparecer em forma de saudade e lágrimas. Como essas de hoje.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

...


Talvez essa muralha não seja tão impenetrável assim
Talvez ela só precise de flores
Talvez só precise fincar raízes
Pra voltar a (me) florecer