quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Rua das Marrecas

A lembrança de quando eu tocava seu interfone e de como eu te devorava inteiro com os olhos quando você abria a porta, cada detalhe até a sua cicatriz, teu corpo magro, a cor da tua pele, seu cabelo encaracolado todo desgrenhado, a barba pra fazer, da sensação do seu toque e o sabor do teu beijo duraram segundos enquanto eu atravessava a rua das Marrecas.

sábado, 15 de agosto de 2015

Canadá

Lembro exatamente da explosão de calor que o beijo dele fez percorrer por todo o meu corpo. Eu só pensava em sumir dali com ele, ir para qualquer lugar que pudêssemos ficar a sós.
Foi loucura. Nossos corpos arfando, gemidos, suor. Eu olhava nos olhos dele para tentar entender o que acontecia, se  ele sentia o mesmo. E mordíamos os lábios, nos apertávamos de uma forma louca. Meu corpo pedia cada vez mais o dele a cada movimento do seu quadril, como se quisesse que ele nunca mais saísse de dentro de mim. 
Não esqueço aqueles olhos, aquele corpo cheio de sardas, as curvas que seu abdômen fazia junto a entrada que descia até a virilha, o cheiro do perfume e o roçar da barba. Se eu fechar os olhos agora ainda consigo ouvir você dizendo no meu ouvido: O que foi que aconteceu aqui, você sentiu? Por favor não suma.