sábado, 21 de junho de 2014

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Eu prefiro remorar as coisas lindas que você me disse. Do dia em que puxou a cadeira para eu sentar naquele restaurante. 
Você disse tão de repente uma vez: me ajuda!!! E quando perguntei o motivo, surgiram  doces palavras "eu não vou conseguir ficar longe de você".
Fechei os olhos e relembrei da aproximação lenta do seu rosto, do nosso quase beijo. Nossas bocas indo de encontro em câmera lenta. Tudo em volta havia parado.  Senti o calor da sua respiração, o cheiro bom da sua pele, fechei os olhos e nossos lábios se tocaram. Eu, tão pequena, me perdi nos seus braços. 
Em algum lugar se alguém nos visse,  choraria por nós. Como em um filme de romance.

_ Abraçar você é uma delícia.

_ Tão ruim ter que vir embora querendo ficar.

_ A melhor coisa que me deu foi essa sensação de agora.
Esse preenchimento. Muito bom estar aqui bobão pensando em você.

_ Fico feliz em saber disso. De verdade. Estou me sentindo que nem adolescente. Fiquei hoje na cama enrolando pra levantar. Mentalizando você comigo. Acordando me aconchegando no peito e me abraçando apertado.

_ Por quê você tem que ser assim tão querida?

_ Sou só eu. As vezes eu não sou assim por medo. Tipo uma armadura. Mas você não me deixa ser diferente.

_ Quero esse carinho.

_ Me enxerguei muito em você.

_ Fala do que você tá sentindo.

_ Não sei direito. Meu coração doí quando penso que não sei quando te verei de novo. É louco isso. Ao mesmo tempo tô me sentindo bem, me sentindo querida. Sentindo medo. Coisa muito doida E você?

_ É exatamente isso. Nerdizinha do coração. Vamos ficar de chamego.

_ Você tem um sabor tão bom. Que boca cara. Fico pensando nela toda hora.

_ Você também. Gelatina colorida com mousse.

_ Desculpa ter bagunçado sua barba.

_ Adoro esse carinho.  Eu gostei tanto de você.

_ Que bom porque é recíproco.

_ Só queria um abraço. Fica comigo?

_  Como assim?

_ Fica comigo mais e mais.

_ Você jé me faz querer isso desde que meus lábios pararam de tocar os seus.

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