terça-feira, 10 de junho de 2014

Inquilino

Perdi as contas de quantas vezes eu dei profundos suspiros hoje. Também não sei quantas vezes o PVM fez meu coração palpitar mega rápido. Muito menos sei quantas vezes me senti ansiosa e triste.

Ontem a noite foi estranho, antes de dormir olhei algumas fotos na rede social e senti alegria, emoção e orgulho de ver um trabalho bonito sendo realizado por um amigo. Começamos a conversar e de repente me vi desabafando/desabando sobre diversas coisas. Sobre o lado profissional da vida, sobre frustrações. Sobre pilares que foram retirados abalando minhas estruturas. Ouvi palavras de afeto e aconchegantes. Desabei em lágrimas quando ele disse que Deus não havia me abandonado. Eu sei que não, sei que às vezes quem esquece Dele sou eu. Sei que ele nunca esqueceu de mim. Entendi que naquela noite sem sentido Deus tinha enviado esse mesmo amigo para conversar comigo, para me acalantar com palavras e me fazer sentir melhor, me fazer enxergar além e não desistir de lutar pelos meus sonhos, de lutar por mim. Talvez ele seja meu anjo da guarda. 

Quando me dei conta já eram 22:00 eu precisava dormir. 
O telefone tocou. Eu sabia  que viria alguma notícia ruim do outro lado da linha. Ninguém mais liga para ninguém, ainda mais tarde da noite. Hoje em dia é tudo superficial e artificial. Mensagens são ditas e se perdem no histórico do WhatsApp ou na inbox do facebook, fazendo com que sua internet lenta não deixe você recordar de momentos virtuais felizes. 
Atendi. 
E todos os meus problemas se tornaram microscópicos e indiferentes diante de um tumor no cérebro.

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