terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Não quero perder nada

Fotografei com meus olhos o máximo que pude de cada detalhe teu.
Seu corpo magro. O cheiro da sua barba. A sensação dos meus dedos se perdendo entre os cachos do seu cabelo macio. Até a cicatriz no seu ombro.
Não quero que o formato do teu rosto, seus lábios carnudos nem seus olhos pequenos se percam da minha memória.
Durante o dia flagrei-me pensando nas suas expressões e em  todo deleite que você me proporcionou.
Há tempos não sentia meu corpo rejubilar de tal forma.
Perto de ti me desarmei. Desarmei no momento em que você sorriu, no momento em que, feroz, seus lábios buscaram os meus.
E, desarmada, permaneço.
Cobiçando-te

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