quinta-feira, 26 de abril de 2012

Calma

Saudades de caminhar na areia macia da praia, sentir as ondas molhando os pés. Achar uma concha. Daquelas sabe, que a gente coloco no ouvido e escuta o barulho do mar? Saudade de ir pra longe, viajar. Subir bem no alto de uma pedra abrir os braços e sentir o vento bater contra o corpo. Ver todas aquelas pessoas lá embaixo, tão pequenas, tão preocupadas, tão gastas, tão... saudades de fechar os olhos e relembrar.
Saudades da infância, do tempo que não volta mais, que não existe mais.
Saudade de você. Pois é, já!
O que posso fazer se o bem que me faz é tanto.
E no canto dos meus lábios já vem surgindo um sorriso sacana. São meus pensamentos navegando nos nossos momentos, nosso entrelace. Volto pra realidade me dando conta que essa saudade aumenta a cada lembrança. Anceio aquele abraço que se encaixa tão bem com o meu, os dedos um poucos grossos pelas cordas do violão procurando pelas as do meu corpo pra que possa começar a "canção" que tanto gosto de ouvir. Fecho os olhos, suspiro!!!
E estranho seria se eu não me apaixonasse por você. Na verdade tenho medo do que sinto porque desaprendi o significado da palavra dois. Estive muito tempo focada no um e já nem me lembrava mais como é esse querer bem todo que a gente sente quando gosta de alguém. Tudo que era velho se torna novo. É como se eu engatinhasse pra perto de você. Quero me levantar, andar e me agarrar com mais força. Fazer do meu colo também um mundo só teu. E o medo passa, se esvai. Não quero mais ter anseio do tamanho da felicidade que explora minha alma. Quero só ser, deixar ser.
E que a vida continue soprando bons ventos ao meu/seu/nosso favor...

... pois agora tudo está em calma.

Quando comecei a escrever esse texto ele tinha outro rumo, um tanto nostálgico até, e, engraçado como ele foi tomando um sentido diferente quando sem perceber você invadiu meus pensamentos. E saiu essa baboseira toda aí.

Etiene Ferreira

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