Compartilhando

Alguém em sã consciência sabe explicar o que é o amor? Não dá para imaginar uma relação a dois sem persistir essas quatro letras mágicas. Só o amor é capaz de romper um modelo de vida, mudar o destino ou incrementá-lo temperando a própria vida. Que sentimento é esse que nos deixa em constante estado de êxtase a flor da pele; a parte mais importante do corpo; onde está situada a sensibilidade expressa no fundo da alma, que é o amor. Só quem amou ou ama de verdade pode entender a razão desse sentimento nobre que transborda o coração de emoções. O amor não admite imitação, aparência, nem tampouco conveniência. Na arte do encontro: o olhar, o toque, o beijo e, por conseguinte, o desejo de viver junto, instigantemente, uma odisséia de deleites que nos faz suspirar, Todavia, nem tudo é festa. O amor também é traiçoeiro, merece cuidados diários. Caso contrário, a fonte pode secar e a relação corre o sério risco de descer ladeira abaixo.
Embora, o romantismo esteja fora de moda comportamental, por contingência da desvalorização moral do Homem, ainda assim as quatro letras A.M.O.R sobrevive. O amor é terno, fraterno e porque não dizer misericordioso. O amor está na saúde, na doença, na alegria e na tristeza. Ele não tem pudor, pega a chave do coração sem pedir licença, nos coloca refém dele, e pronto.

Não dá para viver sem ter um grande amor, caminhar sem chegar a lugar nenhum.

César Moutinho
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No dia 08/06/09 postei esse mesmo texto que li em um jornal do bairro local em homenagem ao dia dos namorados em uma comunidade da qual eu fazia parte. Onde eu e outras meninas compartilhávamos angústias, saudades, sonhos. Onde achavámos um ombro amigo, onde contávamos nossas histórias de amor enquanto nossos amados percorriam um longo caminho que duraria 2 anos em um lugar chamado Guaratinguetá. Muitas amizades bacanas que duram até hoje eu fiz por lá. Muitas histórias terminaram com finais felizes, outras, como a minha, não. Porém parte dessa história já foi contada em breves textos anteriores. E já não vale mais a pena dividi-la com o "mundo".
Pós tudo isso, em janeiro de 2010 conheci uma pessoa encantadora. Uma pessoa que assim como eu, estava com o coração ainda muito magoado, em rigoroso processo de cicatrização. Ele queria se apaixonar. Eu também. Cresceu então uma amizade. E com o passar de alguns dias começou a surgir mais que isso. Nossos instantes não perduraram por muito tempo e aos poucos nos afastamos justamente quando eu comecei a me apaixonar. Levei momentos únicos e uma saudade boa.
Uma vez uma grande amiga, que teve o prazer de conhecê-lo, disse que ele tinha sido minha ponte. Demorei pra entender, mais depois compreendi. E não tem como tentar explicar o porque disso aqui, nem que eu tentasse. Só sei que ele me fez sorrir, mesmo que por pouco tempo, me fez acreditar de novo, me fez ver, amadurecer. Mesmo com tanta confusão em seu coração ele conseguiu fazer tanto significado pra mim sem ao menos saber disso até hoje.

O porque de ter escrito tudo isso a respeito dessa pessoa? Porque conscidentemente, e eu só fui descobrir isso bem depois quando já nem tinha muito contato mais com ele, até porque já nem me lembrava da existência desse texto lá em cima, que Julio Moutinho, protagonista dessa breve história é filho de César Moutinho autor do texto acima.

É isso, resolvi compartilhar uma história. Nossa vida é cheia delas, histórias bonitas, felizes, tristes, dramáticas. Sempre temos algo pra recordar, pra nostalgiar, pra não contar. A vida é feita de momentos e estamos no mundo pra fazer a nossa parte, pra cair, levantar. Pra simplesmente viver.

Etiene Ferreira

Hoje eu não vivo só... em paz
Hoje eu vivo em paz sozinho
Muitos passarão
Outros tantos passarinho
Muitos passarão

A Fé Solúvel - O Teatro Mágico

Nota: O pouco contato que tenho com ele e alguns amigos em comum, me permite saber que ele está novamente com sua esposa e que será pai de um menino brevemente.
Finais felizes não existem só nos filmes ;)